Lá vem a noiva: como fazer uma entrada triunfal, Para causar impacto, noivas e casais contratam barcos, helicópteros e bondes do século passado para chegar em grande estilo
à festa ou à cerimônia Assim como a atriz Ana Paula Arósio, que chegou à cerimônia a cavalo, muitos casais escolhem maneiras inusitadas de surpreender seus convidados. Mas gostar de inovar e ter bom humor para enfrentar imprevistos são os requisitos da noiva que planeja uma entrada triunfal.
Do salão à igreja: cuidados ao escolher o motorista da noiva
Joyce Porfírio sempre soube que queria fazer algo diferente em seu casamento. Durante uma conversa com um dos fornecedores contratados para a festa, surgiu a ideia de contratar um helicóptero. “O sítio onde eu ia me casar tinha estrutura e, como eu sempre tive vontade de andar de helicóptero, adorei a ideia”, conta a bancária. Para chegar à festa, ela sobrevoou um campinho de futebol e surpreendeu todos os convidados. “Foi uma euforia, quase todo mundo chorou”, lembra.
Joyce sempre soube que queria algo diferente no casamento: chegada de helicóptero foi perfeita
Se o campo dá espaço para cavalos e helicópteros, quem casa na praia pode chegar de barco. A sogra de Flavia Saad, que fez a festa em Santos, na baía de São Vicente, foi quem deu a ideia. Além de surpreender os convidados, o casal foi curtindo toda a paisagem do local. “A igreja era em uma ponta totalmente oposta da cidade, por isso deu tempo de curtir o visual. Passamos pela Ponte Pênsil, por exemplo, e o fotógrafo foi registrando tudo”, lembra.
Flavia chegou ao casamento de barco: dia lindo e mar tranquilo ajudaram os noivos
Os noivos não só emocionaram os convidados, como fizeram render muitas risadas. O barco foi caracterizado como um carro típico de noiva. E o comandante vestiu uma fantasia de marinheiro, para fazer jus ao seu papel. Flavia reconhece que a ideia foi arriscada, mas eles tiveram muita sorte porque o mar estava tranquilo e o tempo, bom. “Para escolher esse tipo de entrada, é preciso ficar atento à previsão do tempo e às condições do mar”, conta.
Elaine chegou de calhambeque, alugado de um colecionador
Viagem no tempo
Outras noivas preferem fazer uma viagem no tempo. Elaine Alves Berllini Pereira chegou à igreja de calhambeque. O carro, com modelos da década de 20 e 30, é de um colecionador que aluga suas raridades para eventos e casamentos. “Nós já tínhamos a intenção de fazer algo diferente e, quando uma amiga minha me mostrou o carro, nós adoramos. A rua inteira parou para ver a nossa chegada”, lembra a noiva.
Já a arquiteta Ana Paula Diegues Zappia confiou em um bonde com mais de 70 anos de funcionamento para chegar ao salão de festas. Ela conheceu o projeto da Estação Santos por conta da profissão e se apaixonou de imediato pelo lugar, por ser um local histórico, com espaço amplo e pé-direito duplo. “A instalação era da década de 20 e havia servido como entreposto na rota do café”, lembra. A ideia de usar o bonde como meio de transporte encantou ainda mais o casal. “Vimos o bonde nas imagens do site e isso despertou na hora a vontade do meu marido, que tem um gosto vintage e muita curiosidade por épocas passadas”, conta Ana Paula.
Ela foi à igreja normalmente, de carro. Na saída para a festa, o casal e os padrinhos se encontraram no estacionamento da Estação Santos. De lá, foi feito um trajeto turístico pelo centro histórico de Santos, com direito a paradas para os registros fotográficos. “Os outros convidados não sabiam do bonde e ficaram muito surpresos quando viram fora da igreja. Alguns insistiram e acabaram indo conosco para a festa”, lembra.
Ana Paula e o noivo foram para a festa de bonde
Cuidados com a estrutura
Para tudo dar certo na sua entrada triunfal, é importante fazer o check-list com um especialista. A assessora de casamentos Jeane Alves recomenda verificar com cuidado se o local da celebração tem estrutura para seus planos.
Se a noiva pensa em chegar de carruagem, o ambiente precisa ser propício para um cavalo, pois o animal se assusta com facilidade. “Quando animais estiverem envolvidos, é melhor não utilizar bandas ao vivo, com instrumentos de sopro como trombone, por exemplo, nem soltar fogos de artifício”, recomenda. Ela mesma já presenciou a cena de um cavalo disparando na charrete por ter se assustado com um barulho forte. Aí, a entrada deixa de ser triunfal para ser inesquecivelmente engraçada.
No caso do helicóptero, Jeane se lembra de uma tentativa frustrada de causar um bom impacto. No sítio onde foi o casamento, era preciso passar com o helicóptero por cima do local da festa. “Quando a noiva começou a se aproximar, eram arranjos voando para o todo o lado. A batina do padre foi lá nas alturas”, conta a assessora, que ficou completamente tensa e agoniada para manter a decoração do casamento em pé, com sua equipe.